terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quem já amou na vida?

Penso que todos já amaram ou viveram um grande amor. Ouvi de alguém especial, que existe amor e amores. Bem, confesso que fiz uma longa análise sobre esse assunto e conclui que de fato - existe amor e amores. Sendo assim, faz-se possível a idéia de amarmos mais de uma vez, o que para alguns parece impossível.

Há o amor, primeiro amor, aquele que surge na inocência da adolescência, que te faz juras eternas; aquele sentimento que inflama a alma e que te faz rebelde; esse amor, é o amor que vem das primeiras experiências românticas, da ingenuidade e marca um momento nostálgico de nossas vidas. Sempre lembraremos dele, com profundo respeito, porque foi vivido na época das primeiras experiências, onde tudo parecia eterno.

Em seguida, temos o amor da juventude, que ás vezes, perdura uma vida e ás vezes, uma fase. Esse amor juvenil nos permite construir uma história mais detalhada com alguém; vivemos momentos que se tornarão lembranças memoráveis. Esse sentimento, quando divido com outro alguém, enraíza de tal forma que “o até que a morte nos separe”, se torna uma aliança fiel. O amor da juventude amadurece com você, delineia teu perfil e te conhece na intimidade; quando vivido na intensidade que lhe cabe, esse amor envelhece com você, sentado ao teu lado, na cadeira, observando o fim da tarde, simplesmente porque estar ao teu lado é o melhor momento do dia.

Contudo, não posso terminar sem mencionar o amor da maturidade; que me desculpem os amores mas, esse amor, a meu ver, é o que ainda anseio viver; esse é o sentimento que te pega de surpresa, que já te permitiu amadurecer com os outros amores e agora te mostra de maneira clara, as definições do arco-íris. É o amor do surreal, quando tudo parece impossível e tardio, ele chega pra resgatar emoções, renovar esperanças e te mostrar possiblidades. Ele é como o vinho, armazenado por décadas na adega e que no momento certo, é servido pra ser saboreado, degustado e apreciado. O amor da maturidade ri á toa porque sabe que não há tempo a se perder, não vê o estereótipo porque entende que essência vale mais que rótulo. É a fase do don`t worry – be happy [não se preocupe-seja feliz] e mais, importante é a fase que compreende que o que vale não é ter razão e sim ser feliz. Será lembrado com profundo desejo, com calor nas mãos e te fará reviver cada fase da sua vida em fração de segundos.

Sinceramente, não sei que momento você vive hoje – se envolvido pela chama flamejante do amor ou ainda em busca do cupido mas, o importante é não deixar de viver cada dia, cada experiência... sendo verdadeiro consigo e com os outros pra que nada macule as preciosas memórias que você escreve no grande livro da vida.

Finalizo desejando que você encontre um amor que te permita reviver a ingenuidade, apreciar o pôr-do-sol e saborear um bom vinho.

Viviane Sena