terça-feira, 22 de novembro de 2011

A vida como ela é...

A vida é muito complexa. Compomos um organismo vivo que a cada momento nos surpreende com mudanças; Ás vezes para melhor, para amadurecimento, enfim, situações que vão moldando nosso caráter, nosso modo de pensar, de agir, de ver o mundo; e de repente, começamos a ser mais críticos, mais espontâneos, mais flexíveis... é mais uma vez o organismo vivo movendo sua cadeia existencial.

Tenho sido muito reflexiva esses dias concernente a esse assunto; penso que o dito popular “há males que são para o bem”, ou o célebre versículo: “Todas as coisas cooperam...”, são afirmações que independente do tempo, se fazem fato e presente em nossas vidas em todas as fases.

Lembrei da minha infância, das brincadeiras , da inocência, do planejamento sem compromisso; penso na adolescência e dos meus projetos e de como cada um foi se amoldando ás circunstâncias conforme a vida foi traçando seu caminho.

Hoje, paro e observo, como se houvesse em algum momento, me tornado um expectador da minha história. E me pergunto, o que está faltando? Qual o tempero, a cor...que pode trazer á vida o que tem se tornado um livro insípido de minha autobiografia?!

Será que posso voltar e apagar os erros cometidos ou a palavra não proferida?!?! Poderia porventura retocar alguns momentos, torná-los memoráveis em meus pensamentos?! Penso que não! Como pude tornar-me observador do que me era de mais-valia, minha vida envolta de minhas mais profundas emoções? Triste de mim pois tornei-me um parasita desse organismo e o deixei seguir adiante, sendo erva-daninha de meus sentidos. Ocultei-me de tal maneira que permiti que minhas energias fossem sugadas a ponto de nada mais restar que o desfalecer do que um dia foi fôlego.

O desejo de liberdade inunda meu interior, trazendo a chama aquecida da possibilidade. Não é tarde é o que o recomeço sussurra ao meu coração. E sinto mais uma vez, uma batida cardíaca de sobrevivência latejando e percorrendo meu corpo, despertando meus sentidos, um a um... fazendo-me olhar, dessa vez sem escamas, e vendo a luz esclarecedora mostrando que existe um organismo em constante mudança e aperfeiçoamento que me permite não voltar mas, reescrever uma nova história.
Viviane Sena